sexta-feira, 18 de março de 2011

A lot of questions?!

Nos dias que correm todos utilizamos a palavra amor como se de nada se tratasse.
Eu amo-te! Desta vez é que é amor! É contigo que vou ficar! És o amor da minha vida! Entre muitas outras demonstrações de afecto que banalizamos não nos permitindo saber o que realmente significam.
Existem vários tipos de amor e disso ninguém tem dúvidas. Amamos os nossos pais, amigos, irmãos, animais de estimação e até aquele vestido mais antigo que está guardado no fundo do guarda roupa e que não temos coragem de dar a alguém que precise mais do que nós ou utilizar como trapo velho, porque amamos de paixão e podemos querer utilizar numa qualquer altura que volte a estar na moda. O que é facto é que o mesmo não se passa com o amor que nutrimos ou pensamos nutrir uns pelos outros.
O que é efectivamente o amor?
Uma coisa é certa, não se encontra na mercearia da rua lá de casa nem na prateleira do hipermercado.
Sempre pensei ter tido o meu primeiro amor de infância, da adolescência, etc.
Agora sei que não amei ninguém, pelo menos no que diz respeito ao amor Homem-Mulher. Until Now...
Sei que amo as minhas irmãs, os meus amigos, a minha família e todos os animais possíveis e imaginários que já foram meus, que ainda hão-de ser e os dos outros também. Tenho bens materiais dos quais não abdico e que adoro. Mas amar um Homem?? Nevermind!! (Se é que de amor se trata.)
Sinto que me completa. Não por completar as minhas frases mas por completar tudo o que me falta. A teoria da afinidade aplica-se na perfeição:
"A afinidade não é o mais brilhante, mas o mais subtil, delicado e penetrante dos sentimentos… o mais independente… não importa o tempo, a ausência, os adiamentos, a distancia, as impossibilidades… Quando há afinidade, qualquer reencontro retoma a relação, o dialogo, a conversa, o afecto, no exacto ponto em que foi interrompido… e quando existe, não precisa de códigos verbais para se manifestar." 
Poucas pessoas tem noção do que se trata, encontrar em alguém a metade que falta, a palavra que completa! O verdadeiro significado… o que nos faz sentir quem somos!

Perceber o que dizem os meus olhos, conhecer-me e de mim fazer parte!
Arthur da Távola foi melhor que eu e disse bem:
“Afinidade é retomar a relação do ponto em que parou, sem lamentar o tempo da separação. Porque tempo e separação nunca existiram. Foram apenas a oportunidade dada (tirada) pela vida para que a maturação comum pudesse se dar. E para que cada pessoa pudesse e possa ser, cada vez mais, a expressão do outro sob a forma ampliada e refletida do eu individual aprimorado.”