quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Balanço de um ano em 778 palavras!!

Achei que devia fazer um balanço sobre este ano que está mesmo a chegar ao fim. Não vá cumprir-se a profecia dos Maias e ser este o meu último 28 de Dezembro. Cronologicamente falando isto está tudo ao contrário. Começo quase pelo fim. A minha memória já não é o que era e vou-me lembrando do mais recente.
Começo por me orgulhar de dizer que criei um Blogue. Obrigada Joana que me convenceste. Obrigada Hélder que me ajudaste com a tecnologia HTML, que continua a ser chinesa para mim. Obrigada a todos os que o seguem. Espero que gostem.
Fui a 7 concertos. Uns adorei. Outros repeti. Alguns sequer prestei atenção. Vi 14 filmes no cinema. Melhor, vi 13 porque um deles fui ver duas vezes. Fui ao teatro. Fartei-me de rir.
Dei muitos abraços apertados. Outros nem tanto. Chorei. Sorri. Chorei de tanto rir.
Estive de férias. Estive doente. Não me apeteceu ir trabalhar, e não fui! Cheguei atrasada. Fiz horas extra.
Viajei. Fui para fora cá dentro. Quis mudar de emprego, de casa, de namorado, de pais, de vida, tirar a carta de condução. Mudei de casa. Mudei de namorado. Fui a poucas aulas de código. Fui promovida e despromovida.
Cumpri tradições. Fui ao Avante, ao festival internacional de chocolate em Óbidos e comemorei o meu aniversário.
Jantei e almocei muitas vezes fora, mais do que as que devia. Passeei. Comi pastéis de Belém. Voltei a comer o melhor bolo de chocolate do mundo.
Fui a jardins. Visitei os meus entes queridos sempre que quis e pude. Tentei não me esquecer de nenhum aniversário. Esqueci-me do teu? Parabéns atrasados!
Apaixonei-me! Amei!
Disse sempre Gosto de ti! Pedi desculpa poucas vezes, as necessárias. Gritei e ninguém me ouviu. Ouvi o que não queria. Disse o que não devia. Tentei dizer sempre a verdade. Acho que consegui.
Sonhei. Tive pesadelos horríveis. Foi sempre o mesmo. Aquele que me persegue. Dormi muito mas também passei noites em branco com insónias terríveis.
Conheci pessoas. Algumas tornaram-se importantes. Poucas. Talvez duas ou três. Perdi outras pelo caminho. Desiludi-me com duas mãos cheias delas. Tive encontros imediatos e inesperados.
Tenho 179 contactos na agenda do telemóvel e 239 amigos no Facebook.
Comprei roupa nova. Dei a que não usava a quem mais precisava. Fartei-me de ir ao cabeleireiro. Falando nisso estas unhas pedem outra cor!
Ouvi boa música. Fiquei em silêncio, mesmo quando me apetecia dizer aquilo que me ia na alma. Às vezes foi melhor assim. Mas devia ter dito umas tantas. Escrevi entretanto.
Passei em ruas muito bem frequentadas. FUI FELIZ.
Arrependo-me de alguma coisa? Sim, mas apenas do que fiz. Porque fiz tudo, ou quase tudo o que queria fazer. Porquê quase? Havia coisas que queria fazer e não devia portanto não fiz e correu bem, menos arrependimentos.
O que mais me marcou em 2011?
De forma positiva:
Saber que ias ser mãe minha querida irmã.
Ter conhecido a cidade da minha vida, Londres.
Ter feito muitas pessoas sorrir e ter tido sempre alguém a limpar-me as lágrimas.
De forma negativa:
Perceber que continuo muito ingénua no que toca ao carácter do ser humano. Acreditar sempre nas pessoas e confiar nelas é daquelas coisas que me deixa louca. Depois choro. Irrito-me. Emagreço.
Tive de me despedir de algumas pessoas de que gostava bastante. Não de uma forma definitiva. Mas ainda assim dolorosa.
O que gostava que tivesse acontecido em 2011?
Claro que gostava de ter ganho o Euromilhões. Gostava de ter viajado mais. Gostava de ter estado mais presente na vida de alguns e menos na de outros. Gostava de ter ouvido que afinal era mentira e que estava tudo bem.
O melhor de 2011 para mim?
Filme: 
Música:
Livro:
Publicidade:
Agradecimentos
Ana Alexandre por estares sempre aqui. Liliana Afonso por seres tão singular. Joana Bandeira por teres aparecido. César Zigue por me aturares. Mónica Túlio por não desapareceres. Manas por me fazerem viver. Tia por me dares força. Tânia Silva por seres tão sensata. Daniela Mil-Homens por seres tão prática (pelo menos comigo). Faltas TU? É verdade, obrigada por teres aparecido e desaparecido da minha vida, por em alguns momentos me deixares de boca aberta, espantada com o que estavas a dizer ou a fazer, por me fazeres sorrir na maior parte das vezes, por me fazeres suspirar. Obrigada ainda pelas lágrimas que tentaste limpar, mas foste tu que as permitiste cair. Obrigada por me fazeres sentir.
Se o balanço é positivo? Claro que sim! Tudo o que fiz e não fiz, disse e pensei, senti e fiz sentir foi apenas a minha forma de viver. E viver é sempre muito positivo.
O que espero em 2012?
Não espero nada. Quero apenas continuar a viver. 

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Eu acredito! E tu?

Adoro publicidade!
E esta é uma daquelas em que paro tudo e aumento o som da televisão! 

A lost bag

"O sabor dos teus beijos. Uma boa conversa. Fluir. Abandonar-me na minha galáxia paralela. Perder-me entre a multidão de uma grande cidade. Sentir o frio da montanha. Respirar fundo. A pureza da amizade verdadeira. Falhar, errar e saber corrigir. Tocar-te. Conseguir desfrutar o presente de forma prolongada. Saber perdoar. Um banho em alto mar. Sentir-me minúsculo na imensidão. Fazer-me gigante nas tuas caricias. Dormir no deserto. Contemplar a fogueira do teu corpo. Os sonhos silvestres. Canalizar o medo. Rir até chorar. A luz e a escuridão. Viajar sem ter dia de regresso. Voltar a casa e ...? Que me dizes, juntamo-nos de novo?"

train station

A vida é feita de encontros e desencontros. Dentro e fora de tempo. Por vezes temos a sorte de ser surpreendidos com o timing perfeito.
Parece que vivemos numa estação de comboios. Há dias em que os vimos passar e outros em que nos atrevemos a entrar, mesmo que sem destino.
Sei que posso ter chegado atrasada mas apanhei o comboio a tempo. Era o teu relógio que estava adiantado. De tal forma que não foste capaz sequer de ver que estava mesmo atrás de ti e pronta para caminhar lado a lado.
Não sei se perceberás o que te quero dizer, não sei sequer se vais ler com atenção.
Levamos uma vida inteira a aprender. Aprendemos maioritariamente com os nossos erros. Porque achamos que é depois de cair que nos levantamos. De facto é preciso cair para nos levantarmos mas podemos viver toda uma vida de cabeça erguida e ir apenas tropeçando. Muitos de nós passamos a vida a olhar para o chão. Na esperança de encontrar alguma coisa.
Aprendi que tenho de olhar em frente. Que devo apenas ir tropeçando. Tenho tantas cicatrizes nos joelhos. Doeram-me tanto. Cai tantas vezes. Acho que ainda me falta o equilíbrio de vez em quando.  Mas seguro-me bem e tento ficar de pé.
Quero que aprendas, que cresças, quero que chores, que te doa, quero que sofras, que sintas, e que tudo isso te sirva apenas para viver. Vive! Como se este dia fosse o último, porque no fundo é! Não nos é possível saber se amanhã vamos acordar. E se amanhã não conseguires dizer àquela pessoa o quão importante ela é para ti? Se não souberes o caminho de casa? Se não puderes ver o sol? Tens de entender que a vida é isto! A vida é cada segundo, cada momento, cada sorriso, cada gesto. Tens de ser íntegro, tens de acreditar em ti. Dizer sempre a verdade. Tomar o pequeno-almoço. Passear com os teus pais, irmãos e amigos. Tens de sonhar.
Não te esqueças que mesmo as pessoas fortes e com uma história de vida difícil, independentemente de terem ultrapassado ou arrumado tudo, também choram. Também sofrem. Também se emocionam. Acima de tudo sentem. E nada te dá o direito de acreditar que isso torna tudo muito mais fácil.
Respeita e tem em consideração quem julgas gostar. Não tomes nada como adquirido. Não julgues os outros. Também tens telhados de vidro.
Respira fundo. Pensa duas ou três vezes antes de dizeres esse disparate. Ou então diz e depois arrepende-te. A seguir pede desculpa. Mas não o faças muitas vezes. Perde o sentido e o sentimento.
O meu comboio afinal ainda não chegou. Continuo à espera. Desta vez acho que não me atraso. Estou sentada na estação a ouvir rádio. Será um dia frio. Muito frio. Afinal há greve, supressões na linha. Vou chegar outra vez atrasada. Tenho justificação. Será que justifica mesmo? Será que ainda chego a tempo de ocupar o meu lugar?
Hoje chorei. Chorei muito. Deitei tudo cá para fora! Vou ter saudades. Vou lembrar-me muitas vezes. Ainda vou acreditar. Depois volto a chorar. Até ao dia que esquecer. Esquecer que um dia chorei. Esquecer que um dia acreditei.
E nunca vais perceber porque motivo as lágrimas me estão a descer pelo rosto agora! Agora mesmo enquanto escrevo e enquanto estiveres a ler isto.
 Nunca vais perceber porque afinal de contas tu nunca me conheceste e não terás esse privilégio.
O que dizem os olhos que tantas vezes julgaste conhecer?
“Ela vai voltar a sorrir! Aquele brilho, sabes? Não mais o verás! Perdeste! “

sábado, 24 de dezembro de 2011

Boas Festas!!!


Estes são os meus votos para todos vocês!!
 Porque há coisas mais importantes que presentes de Natal apenas por obrigação! Vamos viver o próximo ano sendo pessoas mais conscientes e mais justas. Connosco e com os outros! Só vivemos uma vez e cada dia é mais importante que o outro!
Não se esqueçam disso!
Feliz Natal e um Bom 2012!

domingo, 18 de dezembro de 2011

Chaos

Ser boa pessoa é fácil, o difícil é ser-se justo. Connosco e consequentemente com os outros. Quando nos limitamos a ser boas pessoas e pensamos no que é ou não melhor para nós julgamos muitas vezes estar a fazer o melhor para os outros. Mas quem nos deu o direito de tomar decisões das vidas que não são nossas? Como podemos nós ter a certeza que o que achamos correto e nos ajuda a minimizar o estrago é efetivamente o que faz alguém feliz? Sermos justos não passa apenas por fazer o que está certo para nós mas sim o que não vai causar qualquer tipo de sofrimento aos outros sem que eles o tenham merecido.
Dou por mim a pensar em tudo o que se disse e em tudo o que se fez. Se fazemos algo que sabemos ser errado, porque sabemos quase sempre distinguir o certo do errado, não pode ser apenas porque nos dá na telha. Tudo tem um motivo. E mesmo que outros não o considerem válido temos sempre resposta para tudo. Porque é que gostas de comer gelados no inverno em vez de beber chocolate quente? Porque os gelados me lembram o verão, e essa é a estação que me deixa sempre mais feliz e bronzeada. É o que me faz sorrir. Se posso sorrir, porque não?
Ninguém olha para os outros. Ninguém nos vê realmente. Ninguém toma conta de nós. E quando alguém se aproxima de nós sem segundas nem terceiras intenções, ou mesmo que as haja e que sejam boas, desconfiamos. Não acreditamos que possa existir alguém que respire bondade. E sim, eu desconfio das pessoas boas. Eu desconfio de mim. Sou boa pessoa. Tenho plena consciência disso. Cometo erros todos os dias. Magoo algumas pessoas que não merecem. Nos dias em que acordo com a neura, digo sempre que não sei porquê, que não tenho motivo, mas sei que foi por causa do maldito pesadelo que teima em visitar-me algumas noites, às vezes muitas vezes seguidas, nessas manhãs de neura não sou boa pessoa, sou rude, sou mal-educada, esqueço-me de dizer bom dia, obrigada e se faz favor. E essas manhãs na maior parte das vezes prolongam-se por dias inteiros. Não ligo todos os dias para quem gostava, ou porque me esqueço ou porque simplesmente não me lembra. Ainda não plantei uma árvore. Às vezes não faço reciclagem, mas nunca me esqueço de não atirar lixo para o chão. Isso e muito mais faz de mim uma boa pessoa. Mas será que sou justa? Quando pensei que estava sozinha quando mais precisava de alguém e nem o telemóvel tocou, não deveria ter pensado que não tinha contado a ninguém portanto era apenas mais um dia normal em que a Andreia não lhe apetecia aparecer para o mundo?
Luís de Matos disse numa entrevista à relativamente pouco tempo:
 “Por muito mau que seja aquilo que te esta a acontecer é facílimo fazer uma lista pelo menos de 10 milhões de nomes de outras pessoas como nós cuja realidade é muito pior. E cujo sofrimento é incomparável. E ainda que toda a gente diga que com o sofrimento dos outros podemos nós bem devemos utilizar o dito sofrimento dos outros para pelo menos colocar o nosso em perspectiva. É mau, é desagradável? Claro que sim, já é sofrimento, mas podia ser muito pior.”
Não sei até que ponto posso estar eu também a ser injusta mas tento ver as coisas de uma forma racional. Já está, já foi, já passou. Não passou? Mas vai passar! Sabes porquê? Porque as pessoas têm uma vida demasiado ocupada para ainda terem de se ocupar com a vida dos outros. Ainda que te olhem com alguma crítica agora, quando te virem sorrir depois a felicidade é muito maior. Não te vou dissuadir nem te vou dizer que não tens razão. Embora eu seja dessa opinião. Não o vou fazer. Posso apenas sublinhar o que já tinha dito anteriormente. Não podemos apagar nada do que fazemos. Ainda não existe a borracha para a vida! E ainda bem. Porque senão passávamos a vida a apagar o quadro e a tentar um novo exercício mas a uma determinada altura já não nos lembrávamos do que nos tinha levado ao resultado. Tenta ser um pouco mais justo contigo. E quando pensares nos outros por favor lembra-te também de mim. Apesar de eu me sentir uma parte de ti e de te ter como uma parte de mim, inclui-me nos outros e pondera também o meu sofrimento. E não, hoje não era apenas uma dia em que eu não queria aparecer para o mundo. Era o dia em que precisava de ti. 

sábado, 17 de dezembro de 2011

"To Build A Home" - The Cinematic Orchestra


And now, it's time to leave and turn to dust...

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Amor de Chocolate

Foges-me pelos dedos! Arrancaram-nos o coração.
Enfeiticei-te com o olhar e nem no fim o quiseste ver! Todos os sonhos e todos os projetos derreteram como chocolate. Transformaram-se em lágrimas num adeus rápido e silencioso.
As nossas mãos, os nossos corpos, as nossas almas, foram um só! Nos momentos em que nos uníamos o mundo lá fora parava! O tempo e o espaço eram apenas e somente nossos! Os espelhos mostravam a nossa fotografia. Até os desconhecidos que se cruzavam connosco na rua invejavam a nossa felicidade. Não precisávamos de dizer nada a ninguém, era evidente! Os olhos brilhavam, o coração batia a mil, a fome a sede de beijos nos dias de espera, nas tardes de chuva, nos dias de sol tornavam-se cada vez mais insuportáveis. Todo o nosso futuro se mostrava feliz aos nossos olhos. Mas de certa forma longínquo, dois meses pareciam-nos uma eternidade. Mas estávamos dispostos a tudo. O amor seria a nossa força e combustível.
Sabíamos que teríamos de fazer alguns sacrifícios para minimizar os estragos mas tínhamos a certeza que depois de todas as batalhas e obstáculos ultrapassados poderíamos sorrir e simplesmente ser felizes.
A música, o cinema e até a escrita encaixavam perfeitamente. Mostrei-te quem sou! Deixei-te viajar no meu mundo e conhece-lo como muito poucos conhecem. Entraste na minha vida. E nem precisaste tocar à campainha. Bastou-me ver-te no dia que entraste por aquela porta que serias o homem da e para a minha vida. Deves ter sentido o mesmo. Apenas não nos apercebemos de imediato. Os dias passaram e sentia-me cada vez mais bonita. De manhã tinha o cuidado de me rever ao espelho para estar sempre bem. À tarde as horas demoravam até chegar o momento do encontro e quando acontecia os meus olhos brilhavam mais que diamantes! Insistíamos em dizer aos outros e a nós mesmos que éramos apenas amigos com muita afinidade e assuntos em comum. Estávamos perdidamente apaixonados. Tudo era motivo para nos olharmos, para querermos as nossas mãos entrelaçadas, para fugirmos do mundo à nossa volta ainda que por breves instantes.
Londres. Sesimbra. Egipto. Oriente. Gulbenkian.
Queres que enumere mais? Queres que te lembre mais? Queres que te diga as vezes que trocamos juras de amor? As pessoas mais importantes da tua vida viram-te uma lágrima de felicidade quando te disseram que a única coisa que realmente queriam era que fosses feliz e que a vida tinha de continuar.
Mostrei-te a natureza de que era feita. Que tudo se apresentava difícil na minha vida mas que sempre tinha conseguido vencer e enfrentar de frente as adversidades. Conheceste a menina-mulher em que me tornei. A menina que precisa de mimo e atenção e a mulher que levanta a cabeça e limpa as lágrimas. Percebeste o quanto sou generosa. 
Optamos por percorrer este caminho juntos e sermos a força um do outro. Entregámos-nos de corpo e alma. Uns dias muito mais difíceis que outros.  
Fizeste-me querer coisas que não queria para mim. Voltei a amar.Não desistas de mim. Não o faças. Não o faças por mim ou pelos outros, mas por ti. Já pensaste que não se trata de um amor de dois adolescentes que passa no 2º período de aulas por ter sido substituído por outro. 
Conhecendo-me sabes que vou chorar nos próximos dias. Que vou tentar puxar-te para mim. Eu posso e quero lutar por ti. Mas não sei nem consigo lutar contra ti. Quero saber e sentir se este amor é real ou se não passa de uma boa história que podia ter tido um final feliz mas que no fim foi apenas e somente uma boa história.
Valerá mesmo a pena, depois de tudo, simplesmente desistir? Escolher o caminho mais fácil?

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Espelhos

“Está alguém? E se está, quem é? O que se passa com esta pessoa? O que se passa com estes olhos que são os meus? Para onde estou a olhar? De que estou à procura? (…)
Pensas que andas a fazer-te justiça? Pensas que andas a ser tu mesma? Queres convencer-te disso? Queres convencer-te de que és feliz só porque é suposto seres? Só porque é lógico? Tu queres acreditar que és feliz porque tens medo de mudar, porque mudar podia perturbar-te, podia pôr-te a pensar, desorientar-te, podia assustar os outros ou desapontar alguém. Tu que te julgas tão livre, tu que te achas dona de ti mesma, tu que pensas que tens tudo o que desejas, que és tão corajosa, tão diferente, sim, tu mesma estás a acobardar-te perante a vida. Há qualquer coisa fundamental que estás a deixar escapar, e essa qualquer coisa és tu própria. (…)
Saber quem sou pressupõe o quê? Pressupõe começar pelo princípio. Mesmo que o princípio custe e não apeteça.“ 
Comecei a ler este livro e na página 18 deparei-me com isto! Existirão respostas para todas estas perguntas?
Estou aqui, sou eu, não se passa nada comigo nem com os meus olhos, estou a olhar em frente, não procuro nada, ou…? Talvez esteja à procura de mim mesma! Parece que afinal precisas de bater à porta com mais força ou então tenho de ligar a campainha, já a desliguei há algum tempo. Desculpa mas não te oiço!
Não deixei de ser quem sou, estou apenas mais apagada. Ainda não se habituaram a que de vez em quando aqui a estrela não brilhe? Não quer dizer que não esteja aqui, estão apenas mais focados noutra constelação e não me veem!
Hoje dei por mim a pensar no quanto gostava e não gostava de algumas coisas. No meio de toda esta dor e perguntas sem resposta cheguei à conclusão de que há dias em que gostava de viver menos. Ser menos. A questão final é: Será possível!???

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Gosto de ...

... pessoas. Gosto de sorrir. Gosto de lâmpadas de baixo consumo. Gosto de ver o sol nascer, ainda mais do por do sol. Gosto de praia. Gosto de ti. Gosto de vocês. Gosto essencialmente de mim!
Não gosto do escuro. Não gosto de quem não gosta de mim. Não gosto de mim, às vezes! Não gosto de mentiras nem de falsas verdades. Não gosto quando me tratas assim, assado, cozido e grelhado. 
Gosto de viver no limite. Gosto de ser generosa. Gosto de sorrisos gratuitos. Gosto tanto de morangos com chantilly. Gosto de dar beijinhos nos olhos. Gosto de abraços apertados QB.
Não gosto de ti. Principalmente quando não gostas de ti. Não gosto nada de causas perdidas. Não gosto de insetos que nos deixam marcas terríveis. Não gosto de noites frias. Gostas de mim? 

  

sábado, 26 de novembro de 2011

O mundo ao contrário


Quando nos permitimos trair alguém é porque já não estamos bem na relação. E ao não estar bem podemos nem estar a falar de sexo ou falta de amor. Por vezes o simples facto de estarmos ali, e a rotina ser sempre a mesma, os hábitos não mudarem faz com que nós nos acomodemos. Acreditamos que aquela será a pessoa que nos vai acompanhar o resto da vida. Que nos vai dobrar as meias, que nos vai dar a cerveja durante o jogo de futebol lá em casa com os amigos, que nos vai cobrir com uma manta quando adormecemos no sofá. No fundo nem sequer pensamos muito no que nos falta. Sequer vemos que nos falta muita coisa. E quando falo em traição, não me refiro apenas à traição física. Quantas vezes damos por nós a dizer em voz baixa, se soubesse o que sei hoje, ou ainda, se o arrependimento matasse. E porquê? Porque o fulano com quem vivemos é um ciumento de primeira, a gaja com quem casámos não gosta de passar a ferro ou já está gorda e cheia de celulite, o imbecil não gosta de fazer nada e ainda nos trata como se da mãe dele nos tratássemos, e a parvalhona de um raio não percebe que os meus amigos, o carro e os jogos do Benfica são sagrados portanto não me chateie com visitas familiares em dias de jogo.
As pessoas não estão para se chatear. Tem medo de não conseguir encontrar mais ninguém, tem medo de não conseguir viver sozinhas, tem medo que só um ordenado não chegue para pagar as contas todas. Não estão para viver num quarto mas também não tem dinheiro para alugar uma casa. E na maior parte das vezes existem ainda meia dúzia de catraios a correr pela casa. Sendo assim olha, vamos lá continuar nesta relação que já deu o que tinha a dar há muito tempo mas que apesar de tudo não é assim tão má!
Eu gosto de chegar a casa e falar, falar até me faltar a voz. Falar de coisas sérias e importantes. Contar anedotas. Rir-me de situações engraçadas daquele dia. Mas também gosto de chegar a casa, brincar com o meu cão, enfiar-me na banheira, ligar música ambiente e deixar-me ficar ali em silêncio, sem ser incomodada com perguntas do género: “o que se passa?”, Vou sempre responder: “não se passa nada” e nem vale a pena insistirem. São os meus momentos.
Ultimamente a minha vida anda meio virada do avesso. Aliás, não me lembro de algum dia lhe poder chamar uma vida normal. Sinto-me num mundo de pernas para o ar. Gosto de viver no limite! Gosto de não fazer planos e nunca saber como vai acabar o meu dia. Mas não gosto de surpresas. Não gosto de magoar as pessoas. Até mesmo as que não conheço.
Tenho uma amiga que me diz tudo o que devo fazer. No fim também me diz que sabe que não o vou fazer desta forma. Nós já vimos este filme. A história repete-se. Desta vez parece que vai terminar de forma diferente. Confesso que é mais confortável o outro fim. Quando se é uma segunda escolha na vida de alguém, apesar de nos sentirmos uma valente merda sabemos que mais cedo ou mais tarde deixamos de a ser, estamos outra vez lavadas em lágrimas e a pensar no filho da p*** que nos enganou com falsas promessas e nos disse que nos amava, mas passados quinze dias estamos outra vez de cara alegre e a viver a vida. O mesmo filho da p*** que nos deixou contínua com a sua vidinha medíocre e a pensar que se calhar afinal estava ali a escolha que ele não fez e olha, temos pena!
Diferente é quando afinal passamos de segunda a primeira escolha e a nossa vida ganha outro sentido. A responsabilidade é muito maior a partir desse momento. Temos sempre aquela vontade de fazer tudo certo mas temos também o medo de não termos sido a escolha certa. E se afinal não formos quem pensam que somos? Se não estiverem preparados para aquilo que nos podemos tornar num dia mau? E o pior de tudo é, quando quem fez de nós a primeira escolha continua ainda a ser a nossa segunda, mesmo que temporariamente, por uma serie de fatores que podem não parecer importantes e relevantes aos olhos de muitos, porque no fundo são interpretados como sinal de cobardia e falta de coragem, mas que para nós e para uma minoria podem não causar tantos danos. A grande questão aqui é: e se ao tentarmos minimizar estragos no coração dos outros avariamos o nosso e o de quem nos é tão importante?
Há ainda aquela altura em que todos os nossos sentimentos são colocados em causa por outros. Em que nos questionam se temos mesmo a certeza e em que nos acusam de nunca sermos capazes de amar aquela pessoa como ela merece.
Mas será que é apenas a dor dos que foram traídos a falar? Será que é apenas a opinião de quem não conseguiu algum dia atingir um estado de espírito tão pleno como o que sentimos? Será que é alguém que apenas deixou de acreditar no amor e consequentemente acha que não nos devíamos deixar levar por devaneios do coração?
Não sei bem se algum dia vamos ter respostas para determinadas perguntas. O que sei é amar não é crime. Querer não é pecado. Sei que muitas vezes há pessoas que perdem! Mas quem nunca perdeu? Quem nunca sofreu de amor? Quem nunca foi traído? Quem nunca foi deixado? Eu já perdi. Já trai. Já fui traída. E já sofri tanto por amor. Por amores diferentes. Mas sempre por amor. E não há dor maior do que perdermos alguém que amamos. Um pai, uma mãe, um amigo, um cão, um namorado.
Recuperar a perda é sempre difícil e cada um de nós tem formas diferentes de o fazer. Alguns de nós fechamos-nos na nossa concha, outros procuram formas de distração entre amigos e familiares. O que nunca podemos fazer é culpar os outros por erros nossos. Não podemos agir como se a tudo tivéssemos direito, até magoar os outros, outros esses que, minutos, dias antes dissemos amar incondicionalmente. Magoar quem não conhecemos pode ser fácil, até confortável, sentimos um alívio enorme depois de vomitarmos dezenas de palavras feias, mas e depois? Ficamos bem? NÃO!! Ficamos na mesma ou pior ainda. Perdemos na mesma quem amamos e já não há volta a dar. Por isso é que muitas vezes digo que há alturas na nossa vida que temos de pensar e deixar de sentir. Se resulta sempre? Não sei. Mas vale sempre a pena tentar.


quinta-feira, 17 de novembro de 2011

É a crise... e a greve!

Acho piada quando estou a ver o noticiário. Todos falam. Todos criticam. Palavras interessantes mas creio que pouco sábias.

Hoje as noticias foram no geral sobre o caso Rui Pedro, sobre as conferencias de imprensa da Troika com pessoas de 7ª linha, Duarte Lima e Pedro Lima detidos e a dormir nos calabouços da PJ.

Ora vejamos, há pessoas no nosso país que continuam desempregadas, crianças que não vão à escola, doentes em fila de espera no nosso sistema de saúde, animais abandonados diariamente.
Vejo pessoas nos supermercados com uma lista de compras reduzida por não terem muito mais  dinheiro, vejo crianças a pedir esmola nos transportes públicos todo o santo dia.
Depois vejo deputados, banqueiros, empresários a falarem de crise! CRISE? Qual crise?

Algum deles sabe o que é ao dia de hoje ter 0.46€ na conta e um aviso de corte por não ter pago a conta da água? Algum deles sabe o que é ir ao MC Donald's ou não ir sequer porque não há dinheiro para comer Sushi? Será que algum deles sabe o que é estar doente com uma gripe daquelas do pior e não ter dinheiro sequer para comprar uma caixa de BEN-U-RON na farmácia?
Lamento mas acho que não!! A crise é na minha, na tua, e na carteira do vizinho que aproveitou a promoção de fraldas no hipermercado, na compra de uma oferta de 50% de desconto na 2ª. Isto sim é triste. Se os senhores das notícias quiserem eu mostro-lhes o dia-a-dia de um cidadão comum! Levantar às 6h45 para tratar de tudo antes de ir trabalhar. Apanhar o autocarro das 7H40, comboio das 8H01 para chegar ao trabalho às 8H50. Morar em Sintra sai mais barato que em Lisboa mas em compensação acordo muito mais cedo e pago 70€ de passe. Por enquanto. Parece que vai aumentar outra vez. Quase que mais vale não ir trabalhar. Um dia destes pagamos para o fazer também!

E se em vez de falarmos passarmos a agir tal como em muitos países da Europa e do mundo. Nós criticamos os gregos, mas bolas quem sofre são sempre os mesmos! Há uns anos atrás alguém se passou da cabeça e decidiu fazer uma revolução. Quero acreditar que não vivemos no pais dos degredos tal como é caracterizado no famoso reallity show da TVI e que todos sabem que falo do famoso 25 de Abril, ou será do 1º de Maio? Bem pelo menos estes feriados estão safos, bem como o Natal (um daqueles dias mesmo bons, que antigamente servia para juntar toda a família à mesa, agora é para trocar presentes com o primo Joaquim do Minho que não temos por hábito contactar por falta de tempo, como dizem os mais novos, LOL). Não nos querem tirar mais nada?

Relembro que temos por hábito fazer greve! Greve?? Bem mas esperem lá!!! Será que estou errada? Se aderimos à greve ou formos forçados a isso, que é o meu caso e o de mais de metade da população, o país funciona a meio gás. Sendo assim não produzimos. Se não há produção não há dinheiro que por consequência faz com que nos afundemos ainda mais. De que adianta nos irem buscar uma parte do subsídio de Natal / Férias e etc, fartarmo-nos de gritar que não é justo, se depois achamos que, e já sabendo de antemão que não resulta, temos de aderir à greve porque estamos a lutar pelos nossos direitos. Isto é tudo muito pouco consensual.

Senhores funcionários da CP/REFER, o que tem conseguido com a greve??? Eu pago 70€ de passe, repito, e este mês já levei um desconto no ordenado de mais do dobro. Dias descontados, subsídio de refeição como é óbvio e ainda o famoso subsidio de assiduidade que a minha prestimosa empresa se digna a pagar mas que este mês já foi com os porcos, salvo a expressão! Ou seja, cerca de 210€ este mês foi para a vossa querida greve! Vamos falar em Justiça e luta pelos nossos direitos??
E mais não digo porque sinceramente, será que vale mesmo a pena? Este é o país em que nasci e cresci, e sempre ouvi dizer, “sabem lá vocês o que é a crise e comer feijão frade com atum durante uma semana inteira” o que é facto é que hoje em dia para pedir um empréstimo no banco para comprar uma casa é utópico e os nossos pais tem a casa quase paga e conseguiram fazer férias todos os anos! Quem é que hoje a viver sozinho consegue ir até ao Algarve? Pois, muito poucos! Pergunto ainda, algum de vocês consegue juntar dinheiro? Se conseguirem por favor digam-me como porque eu não consigo!!! 

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Um mimo...

   ...foi o que lhe chamaste! 


"A vida é como uma dança, descoordenada a maior parte das vezes, alimentada por um sem fim de músicas, cada uma com o seu ritmo e batida, por vezes com um par, outras vezes sozinhos…
Ao longo do tempo, acabamos por passar por todos ou quase todos os ritmos possíveis, mas a mudança de música nem sempre chega quando estamos preparados para a receber.
Já viste com certeza, um tolinho na discoteca, a dançar completamente fora de ritmo, com toda a gente à volta a rir das figuras tristes que ele está a fazer! Pois… mas às vezes todos nós somos também esse “tolinho” e se dançamos fora de ritmo, é porque insistimos em tentar dançar a música que a vida nos dá em vez daquela que toca no nosso coração…
Há alturas em que temos de parar, para recuperar o fôlego, para nos situarmos na pista… e acredito que estás nessa fase.
Então pára, respira fundo e escuta o coração… ouve as suas batidas e só aí podes dançar a tua dança… E se esta for diferente da música que a vida te está a dar, por favor, não dances só porque tens medo de mudar de faixa ou de não saber os passos da próxima… a verdade que nunca sabemos… vamos dançando e aprendendo…
E se algum dia tropeçares ou caíres, estarei cá para te segurar e ajudar a levantar novamente.

Acredito em ti e acredito que mereces mais e melhor.
Gosto muito de ti macaca! "

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Parabéns Andreia!!

Obrigada Macaquinha!
Amo-te!

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Too late...

Ultimamente tenho sonhado contigo todas as noites. Acordo a meio da noite e não estás aqui! 
Nem no sonho nem na minha vida, na minha casa ou numa casa tua onde te possa visitar sempre que preciso de um abraço, de um beijo ou até mesmo de um ralhete. 
Houve tantos que não me deste. Tantas vezes precisei! 
Nunca estiveste presente nos melhores e piores momentos da nossa vida!
Vais ser avô. O teu primeiro neto vai chamar-se Guilherme.
Será apenas mais um momento a acrescentar a tantos outros que perdeste. 

Se imaginasses a falta que nos fazes. Muitas vezes questiono o porque da tua decisão. Às vezes penso que foi melhor assim, escolheste o caminho que já conhecias e sabias mais fácil. Foste fraco. Ouvi alguém dizer que "a droga só vicia porque é boa". Será mesmo assim tão boa? Preferível a uma vida feliz é com certeza!
Não me lembro de alguma vez me teres levado à escola. Nem mesmo de me teres ido buscar. 
Não me lembro de teres conhecido nenhum namorado meu. Já tive alguns. Com uns sonhei com um futuro feliz, com outros tenho memórias de um passado triste.
Foste tu que decidiste perder! Perder uma vida e levar pelo menos três na mala, como se de lembranças se tratassem!  
Descobri que o teu grande problema nunca foi não gostar de nós!
Simplesmente não gostavas de ti!
Resta-me desejar-te Boa Sorte! 

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Um presente de aniversário

Não tinha dinheiro para te comprar um presente, e não me contentava apenas com uma lembrança de uma qualquer loja dos trezentos, ou do chinês
como gostam de lhes chamar agora. Decidi dedicar-te um capítulo do meu livro ainda por escrever.
Quando te conheci há cerca de três anos e meio atrás tinha uma imagem tua não muito boa, aquela imagem que todas as pessoas têm. Não passavas de uma RE com o nariz empinado no fantástico mundo operaniano (como uma colega nossa gosta de chamar). Facto é que era contigo que gostava de tirar dúvidas enquanto operadora e hoje em dia enquanto menina da qualidade (escusado será dizer que também sou de qualidade =D).
Ninguém te grama, todos te acham prepotente e com a mania que és boa. Também não dás confiança a muitos, melhor dizendo quase a ninguém. Vives num mundo que é teu e os poucos com a cópia da chave do portão não tem a chave da porta de entrada. Esses então são tão raros que se poderá afirmar estarem em vias de extinção. Mas gosto de ti assim.
Contigo fui aprendendo algumas coisas. Um dia disseste-me algo do género, “somos tão parecidas e tão diferentes”. É verdade, somos opostos que se atraem na forma de ver a vida. Eu sou a expressividade, a espontaneidade, a impulsividade. Tu és a sensatez, a incisão e a ponderação. Às vezes também te passas, mas afinal, quem é que não se passa de vez em quando?
“Estou avariada!”, tem sido a expressão que te oiço dizer mais vezes ultimamente. Talvez estejas mas, não será melhor viver avariada do que viver numa iminente avaria? Esse é o meu caso.
Deixo-te aqui umas palavras, que não são conselhos, porque já diz o velho ditado, se fossem bons não se davam, vendiam-se! São apenas ideias minhas, desarrumadas, mas não deixam de ser boas ideias.
Não tenhas medo. Quanto mais medo temos, menos seguimos em frente.
És forte, tens um cargo de responsabilidade na empresa onde trabalhas, a vida de algumas pessoas no nosso país passa também pelas tuas mãos. O dinheiro de algumas pessoas no nosso país depende de uns quantos ficheiros em Excel, um jogo de cintura e peras e uma boa gestão das tuas equipas. Claro que não tomas decisões sozinha mas a tua opinião ajuda bastante nas decisões.
Também tens a responsabilidade de ser feliz. E essa deverá ser sempre a tua maior prioridade. Se estás avariada não importa, o que importa é que estejas feliz.
Tens uma enormidade de motivos para te sentir assim. Um trabalho que gostas, uma cadela que adoras, uma família que amas. Tens amigos (ainda que pouco, mas tens).
É um capítulo pequeno mas para uma grande pessoa, não só em altura, porque és alta como o caneco (e irrita-me quando vens de saltos e ainda ficas mais alta do que eu), mas também em valores.
Feliz aniversário.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Quero atirar um piano pela janela!!! Posso?

Nunca te pedi muito nem pouco. Acredito até que nunca te pedi nada, fui apenas aceitando o que me oferecias ao longo dos dias e noites que mesmo longe, estávamos tão perto.
Ia dando sinais para que percebesses a falta que me faziam os teus braços, o teu olhar, o teu cheiro! Dizia-te que tinha saudades. Esperava por ti todas as noites. Ganhei o hábito de não colocar o telemóvel no silêncio antes de dormir porque podias aparecer e não podia perder a oportunidade de estar contigo um momento que fosse. Sempre te disse: “diz-me até amanhã, não me digas até logo, fico sempre à tua espera mesmo sabendo que podes não aparecer!” e tu repetias sempre: “vá, até logo!”. Não sei se algum dia chegaste a imaginar o impacto, a mudança, que estavas a causar em mim.
Fui-me apaixonando, cada dia um pouco mais. Sabia, lá no fundo, que um dia tudo acabaria. Tu tinhas namorada, vivias com ela, tinham bases sólidas construídas. Eu era alguém com quem tu te identificavas, com quem gostavas de passar bons momentos, alguém que te ouvia mesmo quando estavas em silêncio. Se nos tivéssemos conhecido dois anos antes….
Nunca me fizeste promessas! Admiro-te por isso. Amo-te ainda mais! Parece absurdo mas não consegui fazer parar o crescimento deste amor exactamente por isso! Podias ter-me mentido. Porque é que não me disseste, “vou deixá-la para ficar contigo! Só preciso de tempo!”? Podias tê-lo feito, podias ter arranjado desculpas, “ah coitada está doente”; “ah morreu o periquito”, sei lá, tantas coisas! Se me tivesses mentido, se me tivesses prometido mundos e fundos, agora todo o amor teria acabado, restava apenas uma mágoa enorme e ter-te-ia feito desaparecer da minha vida! Aprendi a não acreditar em promessas desde pequena! Mas tu, que me conheces tão bem, desde sempre e para toda a eternidade, agiste correctamente até quando me “deixaste” a primeira vez!
Lembras-te? Estavas a chegar ao limite, começaste a gostar de mim de uma forma diferente, a tua namorada começou a sentir-te estranho! (Disseste-me isto algum tempo depois). Sabias que continuar te traria consequências maiores, optaste por responder à pergunta que te fiz, sabendo que a resposta me afastaria!
“- A magia acabou?”
“- Acabou…”
Acho que não esquecerei estas palavras, pelo menos enquanto te amar! O que senti foi inexplicável, a nossa história tinha pouco tempo de vida mas era demasiado intensa e as tuas palavras foram devastadoras. Não me lembro de algum dia ter chorado tanto como nos dias que se seguiram.
Não tomei a iniciativa de te ligar, fiquei demasiado magoada e além disso o meu orgulho não me permitiu fazê-lo. Uns dias depois ligaste-me. Engraçado, assim que vi o teu nome no visor sofri de Parkinson temporário. A primeira tentativa foi a de uma conversa normal, mas acabamos por ficar uns bons vinte minutos ao telefone como já era hábito.
Os meses foram passando e continuámos a falar e a estar tão próximos quanto possível, voltámos a estar lado a lado uma ou duas vezes mas apenas de passagem. Um dia disse-te que tinha conhecido alguém e que a minha vida tinha de continuar. Decidi não ficar à espera que um milagre acontecesse. Optei por tentar ser feliz. Não me podia ter esquecido que apesar de seres quem és, és HOMEM! Os homens não aceitam “partilhar”. Outro homem que me beije, que me abrace, que partilhe momentos de intimidade comigo. Incomodou-te, creio que chegaste a sentir-te traído!
Como pode uma mulher dizer que te ama e dizer-te também que vai tentar ser feliz com outro homem?! Essa mesma mulher tentou perceber durante muito tempo como era possível que sentisses e estivesses de tal forma ligado a ela, que não pudessem viver um com o outro mas que não conseguissem viver um sem o outro, e nem mesmo isso te fez querer estar mesmo com ela! Uma casa, um carro, uma mota, amigos em comum, laços familiares criados. Motivos mais do que suficientes para não quereres abdicar da vida que tinhas e conhecias por um futuro incerto e desconhecido. Tu preferiste não arriscar e ela decidiu seguir em frente. Certo ou Errado? Nuns dias certo, noutros errado.
Fomo-nos desligando, melhor, tu deixaste de te sentir tão ligado a mim. Sexualmente sempre nos entendemos na perfeição! Fomos feitos um para o outro nesse campo. Pode-se dizer que sempre foi fantástico! Estivemos juntos uma última vez, creio que terá sido a derradeira despedida.
Podemos ser amigos uma vida inteira, acredito que não sejamos mais do que isso. Como diz a nossa amiga Margarida Rebelo Pinto “Mais vale chorar a tristeza de um amor perdido do que sonhar com um oásis que se transformou numa miragem (…) Guarda as laranjas num cesto, leva-as para casa e faz um bolo de saudades para esquecer a mágoa.”
Percebi que como eu apareci na tua vida, outras mulheres aparecerão! Mesmo que não te envolvas com elas, mesmo que não sintas o que por mim sentiste. Basta que te alimentem o ego com palavras de sedução e elogios desmedidos ao teu sorriso e sentido de humor. Todas elas, tal como eu, desempenharão um papel diferente na tua vida! O meu, dir-me-ás um dia qual foi.

sexta-feira, 18 de março de 2011

A lot of questions?!

Nos dias que correm todos utilizamos a palavra amor como se de nada se tratasse.
Eu amo-te! Desta vez é que é amor! É contigo que vou ficar! És o amor da minha vida! Entre muitas outras demonstrações de afecto que banalizamos não nos permitindo saber o que realmente significam.
Existem vários tipos de amor e disso ninguém tem dúvidas. Amamos os nossos pais, amigos, irmãos, animais de estimação e até aquele vestido mais antigo que está guardado no fundo do guarda roupa e que não temos coragem de dar a alguém que precise mais do que nós ou utilizar como trapo velho, porque amamos de paixão e podemos querer utilizar numa qualquer altura que volte a estar na moda. O que é facto é que o mesmo não se passa com o amor que nutrimos ou pensamos nutrir uns pelos outros.
O que é efectivamente o amor?
Uma coisa é certa, não se encontra na mercearia da rua lá de casa nem na prateleira do hipermercado.
Sempre pensei ter tido o meu primeiro amor de infância, da adolescência, etc.
Agora sei que não amei ninguém, pelo menos no que diz respeito ao amor Homem-Mulher. Until Now...
Sei que amo as minhas irmãs, os meus amigos, a minha família e todos os animais possíveis e imaginários que já foram meus, que ainda hão-de ser e os dos outros também. Tenho bens materiais dos quais não abdico e que adoro. Mas amar um Homem?? Nevermind!! (Se é que de amor se trata.)
Sinto que me completa. Não por completar as minhas frases mas por completar tudo o que me falta. A teoria da afinidade aplica-se na perfeição:
"A afinidade não é o mais brilhante, mas o mais subtil, delicado e penetrante dos sentimentos… o mais independente… não importa o tempo, a ausência, os adiamentos, a distancia, as impossibilidades… Quando há afinidade, qualquer reencontro retoma a relação, o dialogo, a conversa, o afecto, no exacto ponto em que foi interrompido… e quando existe, não precisa de códigos verbais para se manifestar." 
Poucas pessoas tem noção do que se trata, encontrar em alguém a metade que falta, a palavra que completa! O verdadeiro significado… o que nos faz sentir quem somos!

Perceber o que dizem os meus olhos, conhecer-me e de mim fazer parte!
Arthur da Távola foi melhor que eu e disse bem:
“Afinidade é retomar a relação do ponto em que parou, sem lamentar o tempo da separação. Porque tempo e separação nunca existiram. Foram apenas a oportunidade dada (tirada) pela vida para que a maturação comum pudesse se dar. E para que cada pessoa pudesse e possa ser, cada vez mais, a expressão do outro sob a forma ampliada e refletida do eu individual aprimorado.”