Perdidos e Achados

Pois bem minha menina venho dizer-te meia dúzia de coisas.
Voltaste apenas a perder. Desta vez perdeste mais do que julgas. Todo o teu amor-próprio? Caput! O respeito que deves a ti enquanto mulher e ser humano? Puf! Perdeste o tino. O rumo. Perdeste-te e consequentemente ele foi-se perdendo de ti. Não por ti.
É verdade que o tens de volta mas, paraste para pensar se é mesmo assim?
Estás aterrorizada. E se durante as horas em que não estão juntos ele te foge pelos dedos? E se continua em contacto com ela? Tens medo de perder o que já não é teu!
Estás tão focada em controlar tudo que perdeste o controlo do mais importante. Do amor. E sim, o amor precisa de ser controlado! Ou perdemo-lo para sempre. Precisamos de controlar com conta peso e medida o amor que damos mas principalmente o que deixamos de dar. Muitas vezes porque o temos como dado adquirido.
O sorriso, o olhar, o beijo, o desejo, a paixão, a tesão… Nada disso é teu!
Ele pode ir para a cama contigo, beijar-te sempre que estão juntos, oferecer-te flores no dia dos namorados, passear de mão dada à beira-mar, casar e ter filhos! Tudo isso é possível e previsível.
Uma coisa te garanto, não és a mulher da vida dele, não és a peça do puzzle que falta, não és quem passeia nos seus sonhos mesmo que estejas a seu lado na cama. Uma cama grande por sinal, e que jamais se tornará pequena para os dois porque existe um espaço enorme por preencher.
Aquele beijo em que os braços estão ao redor do corpo e nos aquecem a alma? Não o sentes pois não?
Podes apagar todas as fotos, as memórias permanecem. Podes controlar os acessos tecnológicos, o Universo vai encarregar-se de fazer com que se encontrem. Podes fazer o que quiseres mas nunca chegarás onde ela chegou!
Lembras-te quando lhe disseste que ela tinha destruído uma relação em que duas pessoas eram felizes e que se ela pensava que ele a amava ela era ainda mais burra do que tu pensavas? Lembras-te que foste tu que tiveste de usar mentiras e jogos psicológicos para o aproximar de ti? Arranjaste amigos com segundas e terceiras intenções, ficaste doente, não tinhas companhia para filmes a altas horas. Ela permitiu que ele não te deixasse passar por dias mais difíceis do que os que se vivem no fim de uma relação. E em resposta às tuas acusações nunca ditas em voz alta, não era por ter qualquer tipo de peso na consciência mas por piedade. Foste digna disso. E andas tu a estudar psicologia. As tuas propinas devem ser fraquinhas à semelhança do teu raciocínio.

Porque agora tudo é possível deixo aqui um pequeno recado.
Não o tenhas como garantido, não brinques com o que não conheces. Tudo o que julgas que controlas está fora do teu alcance.
A qualquer altura o Universo muda tudo. E aí minha querida, ela ou outra que tal, já não terá piedade. Será uma cabra insensível e não terás a mínima hipótese.
O que ele ainda sente por ti é quase como o T0 em que habitas.
O coração dele tem dona. Tal como nos perdidos e achados, um dia ela volta para o recuperar.

Há dias assim!

Burra é... a tua colega do lado! (que me perdoe mas foi a única coisa que me ocorreu.)
Não, não vivo bem com recordações, muito menos estas, incomodam-me todos os dias!
Tenho de te magoar para me sentir melhor! (Mentira, mas também foi a única explicação.)
Há dias em que te amo e outros em que te odeio!

Andas com umas explicações bem maradas então! Sim, já percebi que é o dia em que me odeias. Não te preocupes que dei conta desde o inicio. Não me odeies é demais!

(prometo tentar...)

(amanhã talvez volte a amar-te...)

(prometo tentar...)

Há perguntas estranhas...

ela - estou com dores de barriga, apareceu-me o período!

ele - à terça-feira?

O_o

(sério? ele perguntou isto?)

Guilherme

Aproxima-se o dia do teu nascimento. No dia 1 de Junho de 2011 a tua mãe ligou-me anunciando a tua chegada. Foi sem dúvida um dos dias mais felizes da minha vida.

O meu sobrinho! Na altura nem sabíamos se serias um menino, confesso que até esperava uma menina, para não fugir à regra.

Vais nascer no ano 2012. O ano da crise mundial (que já se tem vindo a sentir há uns anos), o ano que todos esperam ser o último, segundo os Maias. (Uma história que faço questão de te contar daqui a uns tempos!)

Muitos meses se passaram e crescias! Tornavas-te num menino forte, saudável! Fizemos planos, preparámos o teu quartinho, tens montes de roupinhas bonitas e acima de tudo, tens muito amor à tua volta!

No dia em que tentámos fazer a barriga de gesso para a posteridade tu não paravas quieto catraio. Pontapé daqui, pontapé para ali. Claro que a barriga não secou em condições, não ficou como queríamos mas ainda vamos tentar melhorar. Tu tens mesmo a quem sair. Os teus paizinhos têm ai uma bela peça!

Durante os últimos meses a tua mãe chamou-me chata. Cada vez que a tinha por perto não te largava. Falava contigo, dava-te mimos. Já deves estar farto de mim, mas eu tenho tantas saudades tuas! Despacha-te a sair cá para fora puto!

Às vezes penso que te estás a meter numa grande enrascada. Mas houve alguém que me disse há pouco tempo, “vai apanhar mais uns malucos cá fora para conhecer, rir, chorar… viver!”

Existem tantas coisas que te quero mostrar. E tantas outras para te esconder! Coisas que não precisas conhecer ou sequer ouvir falar. Quero proteger-te! Mas quero ainda mais que vivas! Que respires cada momento e em todos eles guardes os cheiros, o sentido das coisas! Vamos brincar, correr, chorar, sorrir…

Agora vamos apenas esperar por ti. Não te demores.

Até breve! Um beijo da tua tia que te ama. 

É por estas e por outras...

eu digo sempre que o mundo é dos espertos!
Se te calas estás feito! Se te mexes tens a mania que és esperto!
Entre estar calada e mexer-me, claro que me mexo! Tenho lá eu feitio para engolir sapos!
Eu não tenho a mania que sou esperta! SOU MESMO!
Toma e embrulha!

E mais uma vez se repete...

a única coisa que me ocorre é Parabéns! Espero que os recebas onde estiveres... <3 LY Daddy!

Ténis e Soutien

E de repente começa esta conversa:

R: Se não tivesses pés usavas ténis?

A: Não sei! Se calhar! Se tivesse próteses!

R: Sim.. ou .. Não?

A: Não, Porquê?

R: Então porque é que usas soutien?

A: O_o

F: Estás a engatar alguém?

(A conta a F a conversa anterior! F dá um grito!)

F: Não posso!

A: Achas que isto é algum tipo de engate??

Sublinho que chorámos de tanto rir!

Déjàvu

Gourmet Da Maria

Depois de parar vezes sem conta em frente ao Outdoor ali perto do tribunal de Sintra, simplesmente delicioso, que me instigava a conduzir 5 minutos para chegar ao Gourmet da Maria, paraíso dos chás e das panquecas hoje decidi dar um pulo até lá! Não são bem 5 minutos mas digo-vos que até por 50 valia bem a viagem.

Num recanto da Várzea de Sintra quase passa despercebido a quem lá passa com destino certo. Uma decoração toda ela Gourmet e um sorriso que nos chama ainda antes de entrarmos.

A menina é que é a Maria? Sim.

A viajem começou. Panquecas, chá e batido de chocolate. Enquanto aguardamos, deliciei os olhos com a quantidade de produtos expostos nas prateleiras. Oxalá eu tivesse ementa para todos eles. É magnífico por onde vai a nossa imaginação naqueles minutos.

O espaço é pequeno, mas acolhedor. Pergunto-me se terá muitos clientes durante o dia, quero acreditar que sim! Além do menu já referido anteriormente ainda tem uma enorme variedade de tostas, sumos, granizados e outros que tal que nos obrigam a esquecer a dieta.

Palavra para descrever… O chá de frutos silvestres é divino. As panquecas são fenomenais. O batido delicioso.

E o sorriso? O sorriso dizia: Voltem sempre! Adorei! Parabéns Maria.

http://www.gourmetdamaria.com.pt/

Anónimo... Certo?

Estou dormente.

Por norma acordo sempre muito atrasada e tenho de fazer tudo a correr. Por que motivo acordei eu com tempo de sobra naquele dia e liguei o computador? Eu só queria ver o número de visitas durante a noite ao Blogue. Deparei-me com o teu comentário. Passaram-se uns dias desde que te tinha visto e tinha começado a escrever-te. 

Isto já não me devia afetar tanto. Por que raio contínuo eu com saudades tuas e fico perturbada quando me apareces à frente. Passaste por mim e sorriste! Disseste apenas 'bom dia'. Olhei para trás e pensei ir ter contigo. Bolas pah, fazes-me falta! Mas que chatice isto!

Durante alguns meses foste uma peça deveras importante na minha vida. Entendes isso? Era contigo que passava maior parte das horas do meu dia. Era contigo que conversava. Era em ti que confiava. Não foste só tu que me deixaste entrar na tua vida. Eu também te abri a porta da minha. E tal como acontece contigo, entrar na minha não é assim tão linear como pode parecer. A miúda destrambelhada e maluquita por que todos me tomam é bem mais do que isso. A minha vida, a minha história, o meu coração, quem sou realmente, poucos conhecem. E tu conheceste. Conheceste tão bem! Mas ninguém é perfeito. Nem tu! Todos nós erramos. Errei contigo, não pensei em ti naquele momento, mas sabendo tu como sou, impulsiva e reativa, achas que conseguia pensar em ti? Podes dizer-me que se fosse contigo pensavas, e eu acredito, mas eu não sou TU nem como TU. E foram essas diferenças que nos uniram e nos tornaram naquilo que erámos uma para a outra. Ser-te-á tão difícil compreender isso?

Naquele dia a minha vida deu uma volta de 180ºC e tive de me controlar para não me prejudicar ainda mais. Tu sabes disso, sabes bem o esforço que fiz para não piorar ainda mais as coisas. Daquele dia para a frente foi sempre a piorar. E por mais que me digas, posso garantir-te que eu não mudei, a minha atitude foi sempre profissional. Se os outros em redor se aperceberam? É natural. Se ficaram magoados e chocados com o que se estava a passar? Se tomaram a minha dor? É possível.

Desde então, e podes até não notar, tenho sido marginalizada. Não, não é mania da perseguição. É um facto. Mas não estou aqui para te contar as minhas lamentações profissionais que me desmotivam a cada dia que passa.

Se achas que foi mau para ti acredita que foi muito pior para mim. E foi isso que todos se esqueceram. Eu fiquei vista assim:

-Era uma merda a desempenhar as minhas funções!

-Fui a cabra que apunhalou os colegas pelas costas, a bufa que disse o que estava mal.

-Enfiaram-me onde eu não era bem-vinda com a desculpa de que afinal eu já era boa em alguma coisa e precisavam de mim ali, quando era apenas um castigo como se eu fosse uma criança e andasse na 1ªclasse.

-As pessoas que eu pensei que me iriam apoiar, nas minhas costas diziam, ah pois ela fala demais, tem o coração muito perto da boca! Mentira, eu não falei demais. Eu até falei muito pouco. Limitei-me a ficar calada. Se tivesse dito alguma coisa em minha defesa talvez me tivesse safo. É assim que funciona.

-Perdi uma amiga porque no meio da minha dor tinha de ter reconhecido a dor dela! Sou por ela acusada de traição. Tinha de ter confiado nela. Tinha de saber que em algum momento ela me defendeu! Fui egoísta!

(Bolas, em que parte é que eu entro!? Ninguém, ninguém me limpou as lágrimas! Ninguém me disse que não era bem assim e que estavam a ser injustos comigo. Só me atiraram pedras naquela altura.)

Pedir desculpa não faz com que tudo volte a ser como era antes é verdade. Mas eu não pedi desculpa muitas vezes. Também escrevi algures:

“Respira fundo. Pensa duas ou três vezes antes de dizeres esse disparate. Ou então diz e depois arrepende-te. A seguir pede desculpa. Mas não o faças muitas vezes. Perde o sentido e o sentimento.”

Não te pedirei desculpa, já não faz sentido. Não te peço que esqueças o que te magoou. Peço apenas que o arrumes. Se achares que te avariei um pouco mais, deita fora. Se achares que eu valho a pena, sabes onde me encontrar. Eu estarei aqui sempre. Gosto de ti e isso não vai mudar. 

Perspectiva

Tenho uma boa notícia, começo a não esperar nada! É claro que é só uma semente, o início, ainda demora algum tempo para que realmente não espere mais nada. É que… tu pareces sólido demais, firme demais, frio, seco, oco. Não sei se aguento dar murros em ponta de faca por muito mais tempo. Não sou daquelas que param de bater apenas porque me dói. Não, eu preciso que me doa! Acho que já me magoa há tempo demais e agora sim começo a encontrar o caminho.

É-me muito difícil ver que podias ser melhor, se quisesses! Arrisco até quando digo que serias mesmo muito feliz. Eu far-te-ia tão feliz. É realmente uma pena que não o queiras, assim a dois, comigo. Então vai… e eu vou, certa de que és a melhor coisa que não tive. Não direi nunca porque não é possível saber se um dia, sei lá, se o sol te iluminar e perceberes que sou o melhor para ti...

É engraçado que eu tenha tanta certeza de que seriamos tão bons, uma bela fotografia, tanto e tanto um para o outro. Mas são coisas que simplesmente se sentem. Enfim, talvez essa certeza se desvaneça e eu me ria da ideia de te ter e respire fundo, sozinha!

Oxalá não voltes atrás tarde demais, quando me fores indiferente e eu não sentir nada.

Kayser

Adoro-te! És o meu melhor amigo e companhia!

Palavras para quê se quando estamos juntos somos ambos felizes!?

Enfim... que biolênciaaaaaaa!!

Há alguns anos que te conheço. Não tantos como gostaríamos mas os suficientes para te saber de cor! E não é que desde esses primórdios que vejo como ficas perturbada de cada vez que esse imbecil decide brincar com aquilo que és e sentes? É que já nem digo que ele brinca com o teu coração, porque esse já não é teu há muito tempo. É desse palhaço que já me anda a dar nos nervos demasiadas vezes! Vamos sair e lá está ele, não presencialmente mas quase que mais valia! É um trim trim constante de SMS's. E quando assim não é, lá nos aparece quase como alma penada à frente! É mesmo para dizer, não f*** nem sai de cima! 

Enfim... Esta não devia ser a tua palavra! Nossa que biolênciaaaaaaa! 

Já paraste hoje em frente ao espelho? Então vá força! Eu espero aqui por ti! Vai lá pah! 

.

..

...

Viste bem? Pronto! Então agora pára! Pára por favor! Pensa! Ama! Gosta de ti! Caga nisso e põe ao peito! (Era o que me dizia o meu pai e nunca percebi a lógica, mas agora percebo, se cheirares ao que cagaste ele não se aproxima de ti! Acrescentando que o conteúdo é nada mais nada menos que o que já cheira mal há uns meses largos, ele e a sua conversa para boi dormir.)

A única coisa que precisas é deixar de pensar e de gostar DELE! Não é gostares de outro gajo qualquer, nem de estares com alguém perdidamente apaixonada!

A escolha dele é apenas isso, uma escolha! Se é boa ou má não podes dizer. Não és melhor ou pior que ela ou vice-versa. Tu és aquela que eu adoro, que ele vai relembrar o resto da vida, que vai ter saudades e que muitas vezes se vai arrepender de não ter ficado a teu lado. Tu és quem vai levantar a cabeça e seguir em frente. Com esse feitiozinho de merda que tanto te caracteriza, com o coração ao pé da boca e salve-se quem puder, mas que depois volta ao sítio e perdoa tudo e todos num flash. 

Tu paraste e não sei porquê não estás a conseguir achar o caminho! Posso pedir-te um favor? Tenta pelo menos encontra-lo. Tens amigos. Família. Tens-nos a todos. Nós vamos estar aqui para o que der e vier. O teu coração não está partido. O coração é um músculo não é um osso, portanto não se parte. Está rasgado, mas vai sarar. 

Quando ele te ligar, não atendas. Se mandar mensagem, não respondas. Se te quiser ver, diz que não podes. Ah e tal porque tenho saudades, TEMOS PENA! Ah mas nós somos amigos e são muitos anos, Sério? As pessoas vão e vem! Ficam apenas as que não nos magoam! Quem nos magoa tanto e tão constantemente não nos merece, quanto mais o que temos de mais puro, a amizade. Nem isso ele merece, não enquanto não tiver a capacidade de assumir os erros que cometeu contigo durante tantos anos e te pedir desculpa.

Em vez de te acusar de mil e uma coisas devia lembrar-se, como tu mesma dizes, que quando te levantavas (enquanto namoravam) o montijo tremia!

.

..

... 

Adoro-te miúda! Bola para a frente! Em vez de ENFIM, quero ouvir, ATÉ QUE ENFIM!

Fazes-me Falta - Inês Pedrosa

Matar saudades de ti. Ou matar-te, como fazem as crianças, para recomeçar uma outra história, no balouço quotidiano do teu sorriso.

Estou sozinho. Sozinho com o coração em bocados espalhados pelas tuas imagens. Já não posso oferecer-te o meu coração numa salva de prata. Alguma vez o quis? Alguma vez o quiseste?

Fazes-me falta. Mas a vida não é mais do que uma sucessão de faltas que nos animam.

Tudo aquilo de que duvidamos é possível.

Vive-se melhor a inventar a verdade todos os dias, dizem-me.

Porque é que a vida não é transparente como um jogo de futebol?

Não te perdoo o que não soubeste saber de mim.

É a ti que vejo porque não consigo deixar de te pensar.

Já nada posso por ti, por mim, pelas horas todas que nos esquecemos de viver.

Quando as coisas deixam de durar, alteram-se. O simples facto de deixarem de ser altera-as, por mais que procuremos fazê-las estancar.

Sempre tiveste o dom de ver claro, esse dom tão raro a que se chama, com um desdém proporcional à sua raridade, senso comum.

És agora apenas uma fotografia ao lado da minha insónia. Uma memória que me fala sobretudo, como todas as memórias, daquilo que não existiu.

Tu és o único que não me pode esquecer. Esquecemos alguma vez uma parte do que somos? Esquecemos apenas o que podemos isolar na lembrança - e há muito tempo que tu já nem sequer te lembravas de mim.

Falámos demasiado para que eu recorde do que falámos, vivemos demasiadas vidas para que eu as possa separar. Para que eu me possa separar de ti.

Não sei pensar sem ti - Não sabes amar sem mim.

Estou cansado de ti. Cansado de estar cansado de ti. Cansavas-me muito, não paravas de ser, existias demasiado em tudo, solicitavas-me a todo o momento. Querias devorar a vida de todas a maneiras. 

Tinhas tantas vidas, tu.

Há factos insignificantes que não esquecemos.

Ai de ti, se descobrisses que viver demasiado é desistir da vida.

Se te esquecesses tanto, nunca te terias lembrado de gostar de mim.

Não se consegue amar completamente senão na memória.

(Contado a duas vozes, é o livro mais requisitado, por mim, na minha estante)

Pedro, Lembrando Inês

Em quem pensar, agora, senão em ti? Tu, que

me esvaziaste de coisas incertas, e trouxeste a

manhã da minha noite. É verdade que te podia

dizer: "Como é mais fácil deixar que as coisas

não mudem, sermos o que sempre fomos, mudarmos

apenas dentro de nós próprios? "Mas ensinaste-me

a sermos dois; e a ser contigo aquilo que sou,

sermos um apenas no amor que nos une,

contra a solidão que nos divide. Mas é isto o amor:

ver-te mesmo quando te não vejo, ouvir a tua

voz que abre as fontes de todos os rios, mesmo

esse que mal corria quando por ele passámos,

subindo a margem em que descobri o sentido

de irmos contra o tempo, para ganhar o tempo

que o tempo nos rouba. Como gosto, meu amor,

de chegar antes de ti para te ver chegar: com

a surpresa dos teus cabelos, e o teu rosto de água

fresca que eu bebo, com esta sede que não passa. Tu:

a primavera luminosa da minha expectativa,

a mais certa certeza de que gosto de ti, como

gostas de mim, até ao fundo do mundo que me deste.

Nuno Júdice

Falando mal e porcamente...

Tu estás nessa situação porque queres. Chega de dizer que és fraco e que é o melhor para todos. Foi a escolha que fizeste. Por te ser confortável, por te fazer feliz, whatever. Ninguém te apontou uma arma à cabeça e te obrigou a fazer seja o que for. Vestes a capa de bom samaritano e fazes-me acreditar que és uma vitima da tua própria história quando no fundo tudo não passa de uma história que a minha cabeçita inventou! Mesmo que não o faças conscientemente, mesmo que eu viva no mundo da lua.

Vai-te f****! Queres viver assim? FORÇA! Queres ouvir tudo de novo, queres passar por tudo outra vez? FORÇA! Já pouco me interessa. O que me incomoda realmente é saber que te dei a conhecer a minha essência, que te disse exatamente o que não podias fazer. Fizeste tudo ao contrário. Teimoso. Estúpido. Devias ter tido tomates para pelo menos me dizeres a verdade. Sim, devias ter tido tomates!

Ah e tal porque te ia magoar, porque não merecias, porque és a pessoa mais fantástica e impecável que conheci até hoje... bla bla bla whiskas saquetas! Magoar-me? Já o tinhas feito quando te permitiste sequer pensar em "trocar-me" pelo que já conhecias por te ser mais fácil. E não é que foste dos pensamentos aos atos numa questão de horas?! Não merecia? Porquê? Porque já sofreste muito e a tua história… Olha e se fosses à merda? A minha história é minha! Se foi boa ou má não te interessa, nem tens o direito de fazer qualquer tipo de comparação. A única coisa que tinhas de fazer era não te tornares em mais um parágrafo negro! Sim, nem a capítulo chegaste, se bem que já me ocupaste algumas páginas! E muitas noites sem dormir! Não tenho problema algum em dizê-lo! Da mulher que amavas e com quem querias passar a vida tornei-me apenas na mais fantástica e impecável? Gosto tanto. Melhor, ADORO!

Sabes lá tu quem eu sou. Tampouco me conheceste. Se assim fosse não terias agido dessa forma. Sabendo de todas as adversidades que a vida me colocou no caminho dizes-me que não tens estofo? Tu és é maluco! No dia que tiveres um problema realmente grave na tua vidinha simples, medíocre e pouco feliz vais perceber o que é não ter estofo! Oxalá não precises passar por isso. Apesar de tudo só assim irias entender!

Qual cão que é fiel ao dono. Entre ser obediente e fiel vai uma distância e peras. És apenas obediente.

Porque para mim foste tudo... Tretas! De tudo a nada, em menos de nada! Nunca conheceste ninguém assim? Pois não e não sei se terás o privilégio de conhecer mais alguém do meu calibre. Ah pois é bebe, como eu só eu mesma!!

Não por ser melhor que os outros, apenas por trazer comigo uma característica que hoje em dia poucos se orgulham, sou transparente! Digo e pronto! Não gostas? Temos pena. Magoei-te? Fizeste por isso! Não pedi desculpa? Mereceste!

Hoje tens a oportunidade de ser melhor que ontem. Tens de entender que pedir desculpa não faz com que tudo volte a ser como era antes.

Olha sabes que mais, BOA SORTE. Vais precisar dela!

A vida pesa...

Como diz o meu amigo Francisco:

Esta merda vai mudar! Tem de mudar!