segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

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["começa por levar muito a sério a amizade que se vive com A grande. por agradecer os que te dão casa em forma de abraço. por dar valor aos amigos que conquistas e não aos que adicionas."]
Ao longo dos anos vais ouvir algumas afirmações que não te farão sentido. Afirmações como: «Não vais ter amigos para sempre. Os amigos de hoje não serão os de amanhã. A vida segue, é um ciclo.»
E é então que começas a perceber o que te iam dizendo quando novo. Vais perceber que nesse ciclo, na vida que escolheste, tens de ser selectivo. Tens de escolher, e escolher muito bem, quem queres na tua vida. Na tua casa. Nas tuas ausências. Nas tuas alegrias. Nas tuas tristezas. Na saúde e na doença. Só quem lá está em todos estes ciclos, que representam a vida, valerá a pena. Haverão os que não estão sempre mas que nunca te falham.
Vais ter saudades de pessoas e de momentos que jamais vais esquecer. Não vais guardar rancor. Mas vai doer.
Vai doer quando um abraço era o bastante. Vai doer quando uma palavra te faltar. Mas depois de doer passa. Tudo passa.
A vida mostra-te que já trazes água oxigenada diluída nas veias e que as feridas saram por si.
Vais entender que estás sozinho. E que tens de ser feliz assim. Estar sozinho pode ser um estado de espirito. É nessa altura que percebes que a tua vida também segue sem ninguém. Que te levantas todos os dias e vais à luta.
Não há ninguém que te dê banho e te penteie o cabelo.
Aprendes que ao aceitares esse estado de espirito há outras prioridades. Aprendes a dizer NÃO. E nessa altura meu amigo, ficas completamente só.
Percebes que alguns dos teus amigos só o eram em alturas de rambóia. Outros quando precisavam de um ombro. E outros apenas porque sim. Porque calhava.
Chamam-te egoísta. Dizem que só pensas em ti. Mas no fundo, COMEÇASTE a pensar em ti! Começaste a ter-te como prioridade. Começaste a perceber que nos dias de lágrimas, nos dias de dor, nos dias de chuva... estavas sempre sozinho.
Não interessa se conheces a pessoa desde sempre ou se apenas há uns anos ou meses. Tornam-se desconhecidos. É triste.
Estás ali, em banho maria. E estás sozinho. Não é porque queres. No fim, todos estarão.
["depois, segues em frente.
com a serenidade possível e a vontade constante de agradecer à vida por cada coisa boa que ela puser no teu caminho
sabes que muitas vezes vai ser a subir. umas vezes com corrimão, outras com a mão dos que te são luz, muitas vezes sozinha e sem nada para te apoiares, a não ser em ti mesma."]
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A.Roquette

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