quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Espelhos

“Está alguém? E se está, quem é? O que se passa com esta pessoa? O que se passa com estes olhos que são os meus? Para onde estou a olhar? De que estou à procura? (…)
Pensas que andas a fazer-te justiça? Pensas que andas a ser tu mesma? Queres convencer-te disso? Queres convencer-te de que és feliz só porque é suposto seres? Só porque é lógico? Tu queres acreditar que és feliz porque tens medo de mudar, porque mudar podia perturbar-te, podia pôr-te a pensar, desorientar-te, podia assustar os outros ou desapontar alguém. Tu que te julgas tão livre, tu que te achas dona de ti mesma, tu que pensas que tens tudo o que desejas, que és tão corajosa, tão diferente, sim, tu mesma estás a acobardar-te perante a vida. Há qualquer coisa fundamental que estás a deixar escapar, e essa qualquer coisa és tu própria. (…)
Saber quem sou pressupõe o quê? Pressupõe começar pelo princípio. Mesmo que o princípio custe e não apeteça.“ 
Comecei a ler este livro e na página 18 deparei-me com isto! Existirão respostas para todas estas perguntas?
Estou aqui, sou eu, não se passa nada comigo nem com os meus olhos, estou a olhar em frente, não procuro nada, ou…? Talvez esteja à procura de mim mesma! Parece que afinal precisas de bater à porta com mais força ou então tenho de ligar a campainha, já a desliguei há algum tempo. Desculpa mas não te oiço!
Não deixei de ser quem sou, estou apenas mais apagada. Ainda não se habituaram a que de vez em quando aqui a estrela não brilhe? Não quer dizer que não esteja aqui, estão apenas mais focados noutra constelação e não me veem!
Hoje dei por mim a pensar no quanto gostava e não gostava de algumas coisas. No meio de toda esta dor e perguntas sem resposta cheguei à conclusão de que há dias em que gostava de viver menos. Ser menos. A questão final é: Será possível!???

Sem comentários: